segunda-feira, 18 de maio de 2009

Trigésima Sétima Linha

Dúvidas...
As dúvidas desenham medos e silêncios... fazem de nós presas fáceis na dissolução de se querer viver... Em vez de darmos dois passos em frente temos a sensação que andamos consecutivamente quilómetros para trás. Duvidar será sempre aquele momento de indecisão, de receio, de angústia, de incerteza, de infelicidade... É na linha ténua entre a dúvida e a certeza que encontramos a felicidade. A dúvida trará sempre certezas e as certezas trarão sempre dúvidas na bagagem. Que maior desafio se poderia querer da vida que não a capacidade de lidar com a escolha... pois esta é nem mais nem menos consequência de uma dúvida ou de uma certeza.
Vejo-me ao espelho dia após dia, infindavelmente acreditando que o cenário que está para além de mim será diferente, mas dia após dia o tempo não pára, nas minhas costas poderá continuamente existir um mesmo papel de parede, mas eu mudarei dia após dia... A dúvida efémera do que somos na verdade é sentida e não há resposta que não se obtenha quando se sente simplesmente. A mente interage apenas com esta realidade que pisamos, o espírito dá-nos as respostas da eternidade.
Podemos até duvidar, questionar o que fazer, entrar no devaneio frente a uma luta que parece não ter fim, mas a verdade será sempre só uma e essa teremos que procurar... não aqui mas algures lá em cima ou algures bem lá dentro.
São muitas as dúvidas que se apoderam do meu ser, que questionam o meu sentir, que absorvem o meu olhar... o tempo será sempre o meu melhor amigo a lidar com elas dia após dia de frente ou não para o espelho que reflecte a minha vida.