quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quadragésima Linha

Emocionemo-nos
Cada dia alberga um passo de terna vontade de viver, de sentir, de partilhar.
Às vezes as palavras ecoam dentro do nosso cérebro, em silêncio procuram transcender os pensamentos e ouvir o coração. Os momentos nada mais são daqui a pouco do que meras recordações e agora eles já passaram, vividos ou não, experimentados ou não, partilhados ou não.
Às vezes por medo calamo-nos, reprimimo-nos, não vivemos... e nesse preciso momento todas essas oportunidades já eram... não dará para voltar atrás e ficam as palavras por dizer, os momentos por partilhar, a vida por viver... De repente vê-mo-nos a recordar o passado sem poder tocar-lhe, sem poder cheirá-lo, sentindo o que se sentiu, transformando o que não se aceitou, aceitando o que não se perdoou por não ter vivido.
Agora vivemos o presente, mas neste preciso momento enquanto revivo o passado deixei de vivenciar mais esta oportunidade. Deixemos para trás com amor, aceitação e perdão o que não podemos voltar a vivenciar, guardemos no coração o cheiro, o sabor, o toque, o sorriso, a paixão, a luz e a ternura de qualquer momento passado e deixemos que as emoções desses momentos iluminem o presente e sejam professoras do presente, para que vivamos o que não vivemos, para que partilhemos o que não foi partilhado, para que sintamos o que tivemos medo de sentir.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Trigésima Nona Linha

Somos iguais
Há muito que não escrevo... despreendi-me de tudo até das palavras.
Aos velhos tempos eu faço um brinde e enterro a garrafa, aos novos tempos eu felicito a sua tão bem vinda chegada.
Tudo está em mudança, nós estamos todos a mudar e o mundo muda connosco.
A beleza destas linhas têm nova conotação, as experiências do passado permitiram-me construir um castelo nas nuvens aqui na Terra.
Um dia compreenderemos estas palavras e nessa altura seremos felizes juntos.
Guardaremos os momentos de silêncio terno e o carinho da presença. A ausência não será mais sentida, mas acolhida pela saudade de estar próximo da outra metade, construindo um todo de ternura e cumplicidade.
O nosso coração falará baixinho na sinceridade de um momento partilhado, sentirá apenas a verdade da conquista conseguida e a verdadeira felicidade do despreendimento físico e da presença eterna da alma.
Somos todos gomos de uma mesma laranja, partilhamos os mesmos sentimentos, as mesmas emoções, os mesmos paradigmas, as mesmas alegrias e tristezas, mas cada um na sua caminhada e na experiência que a vida lhe confere.