segunda-feira, 31 de março de 2008

Vigésima Oitava Linha

Saber amar

Amar o próximo é algo profundo e por muitos não sentido, querer o próximo como a si mesmo leva-nos a ponderar que poder temos na vida de possuir algo ou alguém quando ninguém é de ninguém, quando esse algo pretendido nada mais é do que um bem adquirido que fica neste mesmo mundo, o material... Por vezes as atitudes que tomamos são reflexos dos nossos sentimentos, amar o próximo é investir para que se possa compreender o que vai na alma desse alguém...
Ver o próximo, tudo o que não se vê a olho nu, leva-nos a perceber o sentido de amar e respeitar... Cada um de nós precisa do seu espaço temporal e físico para conseguir sentir a vida, lidar com ela e ser ele mesmo.
Procurar compreender os sentimentos dos que estão ao nosso lado ou que deixam de estar porque assim optaram é uma riqueza emocional e leva-nos a encontrar a paz interior que se desconhece possuir...
Os rumos tomados na vida existencial são momentos de procura de nós mesmos e apenas de nós, não de alguém ou para alguém. Acredito que o pensamento profundo do que somos para nós mesmos e para os outros faz-nos crescer, compreender e a (re)aprender a amar.

4 comentários:

Anónimo disse...
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Marília Hipólito disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Deixar uma pessoa sozinha num momento dificíl pode ser bom para ela própria perceber o quanto forte é ou até mesmo não é. Mas deixar uma pessoa na esperança de que algum dia será feliz naquele espaço, momento, tempo e personagem, isso sim, isso é ser inconscientemente egoísta e insensível. Estas palavras saem-me não dos meus pensamentos, mas sim dos meus olhos, ouvidos e sentimentos. Os meus pensamentos são apenas condutores para estes dedos que escrevem neste comentário.
MariLinha, tu mereces não do melhor, mas simplesmente o perfeito que a vida tem. Tu és tu e só tu, o único ser chamado como te chamas, que ri como ris e sente como sentes. E se algum dia eu morrer antes de ti, ficas a saber, que, és a minha ... a bengala do meu meu espírito!!! Obrigada por seres tão diferente de mim, mas ao mesmo tempo igual, complicadinho de perceber hein !!!? lololol
Namaste

Anónimo disse...

Dois pontos que pretendo tocar, um pela ocasião e outro pelo pensamento. A ocasião prende-se com a questão da autoria que o nosso caro amigo anónimo nos fala. É engraçado pensar que o "plágio", como hoje o entendemos, em tempos funcionava quase como um elogio ao autor de algo. Torna-se fácil explicar essa situação. Antes o mundo literário, musical, artístico era um meio muito restrito comparado com o que é hoje. Os literatos, por exemplo, liam as mesmas grandes obras e mesmo entre eles havia correspondência quando eram contemporâneos uns dos outros. Se usavam um verso, uma frase não era necessário identificar o autor pois quem lia sabia. Não é por acaso que temos o nosso Camões a munir-se de versos da Eneida de Virgílio ou o grande Dante que para a sua Divina Comédia terá tido contacto com uma obra semelhante à dele de autoria árabe. Acho que não podemos ser tão incisivos quanto a algumas questões. O conhecimento e/ou reconhecimento das referências julgo que embeleza a própria obra, seja ela de que área for. Nos dias que correm infelizmente as coisas nem sempre são entendidas desta forma. Prendemo-nos por vezes demasiado ao autor e não nos focamos tanto no que ele criou. A "nossa" Mary de certeza que achou que este título era perfeito para a sua vigésima oitava linha. Teria conhecimento ou nao da música, não sei. O certo é que o saber amar não é de ninguém é de todos e aqui falo já do pensamento.
É um estado de graça, é um fim em si mesmo. Saber amar é uma constante da vida através da qual nos conhecemos a nós próprios. Sendo rei das emoções o amor abarca com ele tudo o que há de mais puro... traz com ele um pai, uma mãe, um amigo, um irmão ou irmã e tantas vezes um desconhecido. Querer ajudar alguém apenas porque sim também é saber amar, saber amar o próximo. Desse amor aprendemos, crescemos e por ele tanta vez morremos.
Tal como prometi quebrei a a barreira e resolvi visitar o teu blog! Beijinhos!