Tu e Eu...
"Eu tenho o tempo,
Tu tens o chão,
Tens as palavras
Entre a luz e a escuridão.
Eu tenho a noite,
E tu tens a dor,
Tens o silêncio
Que por dentro sei de cor.
E eu, e tu,
Perdidos e sós,
Amantes distantes,
Que nunca caiam as pontes entre nós.
Eu tenho o medo,
Tu tens a paz,
Tens a loucura que a manhã ainda te traz.
Eu tenho a terra,
Tu tens as mãos,
Tens o desejo que bata em nós um coração.
E eu, e tu,
Perdidos e sós,
Amantes distantes,
Que nunca caiam as pontes entre nós."
Pedro Abrunhosa
terça-feira, 8 de abril de 2008
segunda-feira, 31 de março de 2008
Vigésima Oitava Linha
Saber amar
Amar o próximo é algo profundo e por muitos não sentido, querer o próximo como a si mesmo leva-nos a ponderar que poder temos na vida de possuir algo ou alguém quando ninguém é de ninguém, quando esse algo pretendido nada mais é do que um bem adquirido que fica neste mesmo mundo, o material... Por vezes as atitudes que tomamos são reflexos dos nossos sentimentos, amar o próximo é investir para que se possa compreender o que vai na alma desse alguém...
Ver o próximo, tudo o que não se vê a olho nu, leva-nos a perceber o sentido de amar e respeitar... Cada um de nós precisa do seu espaço temporal e físico para conseguir sentir a vida, lidar com ela e ser ele mesmo.
Procurar compreender os sentimentos dos que estão ao nosso lado ou que deixam de estar porque assim optaram é uma riqueza emocional e leva-nos a encontrar a paz interior que se desconhece possuir...
Os rumos tomados na vida existencial são momentos de procura de nós mesmos e apenas de nós, não de alguém ou para alguém. Acredito que o pensamento profundo do que somos para nós mesmos e para os outros faz-nos crescer, compreender e a (re)aprender a amar.
Amar o próximo é algo profundo e por muitos não sentido, querer o próximo como a si mesmo leva-nos a ponderar que poder temos na vida de possuir algo ou alguém quando ninguém é de ninguém, quando esse algo pretendido nada mais é do que um bem adquirido que fica neste mesmo mundo, o material... Por vezes as atitudes que tomamos são reflexos dos nossos sentimentos, amar o próximo é investir para que se possa compreender o que vai na alma desse alguém...
Ver o próximo, tudo o que não se vê a olho nu, leva-nos a perceber o sentido de amar e respeitar... Cada um de nós precisa do seu espaço temporal e físico para conseguir sentir a vida, lidar com ela e ser ele mesmo.
Procurar compreender os sentimentos dos que estão ao nosso lado ou que deixam de estar porque assim optaram é uma riqueza emocional e leva-nos a encontrar a paz interior que se desconhece possuir...
Os rumos tomados na vida existencial são momentos de procura de nós mesmos e apenas de nós, não de alguém ou para alguém. Acredito que o pensamento profundo do que somos para nós mesmos e para os outros faz-nos crescer, compreender e a (re)aprender a amar.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Vigésima Sétima Linha
O mistério da vida
Olho o céu translúcido onde sobre mim voam os anjos do amor, de corpos intensos de luz, de rostos repletos de compreensão que brilham como esmeraldas repletas de ternura. Continuo olhando para esse lugar tão vazio de matéria e tão cheio de significados.
Olho as flores que estão sob o meu corpo deitado no relvado repleto de cor, vejo-as brotar lentamente sob o luz do sol, cantando o jubileu desse momento intenso a que assisto.
Respiro profundamente o ar puro de sentimentos e absorvo por cada célula do meu corpo a mensagem da vida.
Palavras que se ligam por letras e linhas, palavras que nos descobrem o pensamento como um véu de seda que desliza sobre cada lágrima que desliza pela alma...
Olho cada pedaço do meu corpo e aprendo a lição terna da vida, o sentir... sinto-me em harmonia eterna com o mundo que me gerou e com a realidade a que pertenço, o alto dos céus.
Olho o céu translúcido onde sobre mim voam os anjos do amor, de corpos intensos de luz, de rostos repletos de compreensão que brilham como esmeraldas repletas de ternura. Continuo olhando para esse lugar tão vazio de matéria e tão cheio de significados.
Olho as flores que estão sob o meu corpo deitado no relvado repleto de cor, vejo-as brotar lentamente sob o luz do sol, cantando o jubileu desse momento intenso a que assisto.
Respiro profundamente o ar puro de sentimentos e absorvo por cada célula do meu corpo a mensagem da vida.
Palavras que se ligam por letras e linhas, palavras que nos descobrem o pensamento como um véu de seda que desliza sobre cada lágrima que desliza pela alma...
Olho cada pedaço do meu corpo e aprendo a lição terna da vida, o sentir... sinto-me em harmonia eterna com o mundo que me gerou e com a realidade a que pertenço, o alto dos céus.
sexta-feira, 21 de março de 2008
Vigésima Sexta Linha
Sinto saudades...
Sinto saudades do eterno ar que me bombeia,
Da vida extasiante que desconheço,
Dos momentos passados aí... contigo.
Sinto saudades dos cheiros de criança,
que residem fortunadamente na minha memória,
Dos sonhos bons que desconheço de olhos fechados,
Das alegrias eternas de estar aqui.
Dos passos acompanhados dos teus,
Dos sorrisos ingénuos da alma
Que me habita...
Este sentimento de nostalgia
embriaga-me com o teu sorriso,
faz-me procurar a tua luz na minha luz,
faz-me querer que esta saudades vazia
Possa ser preenchida no calor do teu olhar...
Olho a Lua intensa de mistérios,
Vejo-me sentida neste lugar de nada
Neste lugar de tudo em Lua Cheia...
Anseio pela palavra jamais dita
Num futuro que se limita ao Agora da minha existência...
Será esta saudade a lembrança de que sinto?
Será esta saudade a verdade eterna de ti?
Será esta saudade simplesmente eu procurando por mim,
Sim... só o poderá ser... não?...
Sinto saudades do eterno ar que me bombeia,
Da vida extasiante que desconheço,
Dos momentos passados aí... contigo.
Sinto saudades dos cheiros de criança,
que residem fortunadamente na minha memória,
Dos sonhos bons que desconheço de olhos fechados,
Das alegrias eternas de estar aqui.
Dos passos acompanhados dos teus,
Dos sorrisos ingénuos da alma
Que me habita...
Este sentimento de nostalgia
embriaga-me com o teu sorriso,
faz-me procurar a tua luz na minha luz,
faz-me querer que esta saudades vazia
Possa ser preenchida no calor do teu olhar...
Olho a Lua intensa de mistérios,
Vejo-me sentida neste lugar de nada
Neste lugar de tudo em Lua Cheia...
Anseio pela palavra jamais dita
Num futuro que se limita ao Agora da minha existência...
Será esta saudade a lembrança de que sinto?
Será esta saudade a verdade eterna de ti?
Será esta saudade simplesmente eu procurando por mim,
Sim... só o poderá ser... não?...
quinta-feira, 20 de março de 2008
Vigésima Quinta Linha
O que quererei eu...
Acordar a pensar o que será tudo isto por que passámos... às vezes nem queremos saber, na verdade o melhor é nem tentar adivinhar, surgem sempre surpresas...
Depois vôo na imensidão do céu, na busca insessante da alma que caminha pairando no destino e leva-nos no caminho do sonho intenso de uma noite dormida nas palhinhas do aconchego e na paz da profunda ternura que emerge dos nossos póros... Voámos... como voámos sobre campos e campos de experiências e sobre flores e árvores de companheirismo na procura daquele lugar que é só nosso, sem nome, sem número mas infinitamente nosso. Vemos cores e cores de obstáculos, procuramos o amarelo desperado, o rosa amoroso, o vermelho apaixonante, o azul pacifico, o verde esperançoso, o branco solitário, o roxo espiritual, o cinzento cansado e até mesmo o preto insensato... Como se fossem seres de imensas caracteristicas que nos esperam pacientemente nas lágrimas que tao dificilmente procuramos esconder. Surgem estas como pranchas de ski que deslizam face abaixo, libertando-se da dor, agarrando-se ao destino e rezando pela luz eterna do Senhor.
Todos o fazemos... na busca de respostas... eu ainda espero, um dia hão-de bater à minha porta, aí as cores que me acompanham serão eternas alegrias do meu ser.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Vigésima Quarta Linha

Estes últimos dias tem sido ver e fazer linhas emais linhas, e mais manchas, fica tudo tramado... Tramada estou eu, mas enfim... este é apenas mais um dia de intenso esforço em trabalhar alguma coisa e construir mais linhas e outras linhas... Sim, porque este tipo de embriaguês dá que falar... eu vez de andar às curvas ando aos ziguezagues pela força das linhas angulares e das prependiculares que me tenho cansado de traçar...
A vida é realmente uma arquitectura fantástica. Um dia cheguei a essa conclusão com uma pessoa enquanto debatiamos que sentido poderia ter a arquitectura no nosso dia a dia, como a prática da mesma podeira ultrapassar o regime processual e de entendimento do espaço fictício que tinhamos que criar. Projectos enraizados apenas em papel... assim, tornou-se importante perceber e porque não fora dele? é verdade, intensos momentos de "nada" como uma folha de papel em branco que grita para que desenhemos esse mesmo "nada" nele. As linhas meio trémulas começam a surgir e a mente de repente impressiona-nos a nós mesmos. Eu trespasso isso para o dia a dia de todos nós... de um momento para outro 'voilá' faz-se luz, aí é montada toda a instalação eléctrica!
A vida é assim mesmo como a arquitectura! Querem ver? pois bem... estás em casa, apetece-te apanhar ar, abres a janela, porque não podes ir à rua e ficas logo apto a observar o "mundo lá fora", respirar ar fresco, levar com o sol na face e ouvir os passarinhos, quando os há. A vida também é assim, muitas vezes nos sentimos aprisionados por uma determinada circunstãncia, um problema, uma aflição, que a vontade é não mais que respirar outro ar, sentires-te livre e suspenso. O que fazes? nada como refrescar as ideias!´
Os obstáculos no passeio enquanto caminhas parecem apenas erros de concepção, labirintos confusos de materiais e direcções, assim é a nossa vidinha mais uma vez... confusa, cheia de obstáculos... mas tal como conseguimos percorrer esse passeio porque temos que passar de um ponto para outro, também o podemos e devemos fazer nas situações da vida, a não ser que se procure outro caminho para seguir...
Que filosofia maluca de relacionar duas áreas como estas, a vida e a arquitectura, mas estão mais que ligadas, formam um elo imenso de compreensão do nosso viver.
Pensem nisso...
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Vigésima Terceira Linha
Dizer Não é uma oportunidade, ouvi-lo uma possibilidade
Porque nos é tão fácil por vezes dizer que não a alguém e até a nós mesmos quando não queremos alguma coisa material por uma determinada razão? Mas porque será tão dificil dizermos não a nós mesmos quando as duvidas surgem, como o "não me parece...", "sinceramente não sei...", "é melhor não...", quando o nosso coração nos grita para dizermos que sim, que devemos arriscar, que temos que agir e considerar as hipóteses e os sinais que nos são entregues perante cada situação. Ás vezes é tão mais fácil enganarmo-nos a nós próprios e aos outros dizendo sim, "sim eu sei...", "claro que sim, prefiro não agir"... Depois começa o ego a falar por nós "não faças isso, não é seguro", "não arrisques podes levar um não", "para quê tentar, não vale a pena"... tantas mas tantas possibilidades de o não surgir para todas as situações. E ouvir um não de alguém, que medo tremendo de se ser negado, de perceber que não é para nós. Faz parte do nosso crescimento, saber sermos suficientemente humildes para aceitar o que os outros têm para nos dizer. Na verdade, há riscos que devem ser tomados, só com eles poderemos evoluir. Sabe sempre bem ouvir um sim, sobretudo quando se trata de sentimentos. Sim, sim sim!! Mas e o não, faz parte... é porque simplesmente não era para nós, não eram assim que as coisas tinham que ser. Lutar por males desnecessários simplesmente porque achamos que aquele é o melhor para nós, definitivamente não vale de nada, para além de se perder energias perde-se o juizo na maioria dos casos, aí acontecem coisas de que muitas vezes não nos orgulhámos nem de perto! Evoluir é aceitar o que cada um tem para nos dar e aprender a viver com isso porque cedo as respostas surgem e voilà! faz-se luz!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Vigésima Segunda Linha

A dita caminhada... e escura
Ai... suspiro gotículas de ansiedade... Que busca temos afinal que fazer nesta vida?!... Acredito nisto, naquilo, naquel'outro.... mas afinal que caminho é esse.... vamos caminhando, fazendo percursos de incerteza e sem grandes convicções vamos andando e andando e andando... mas há uma altura em que o raio do caminho é mais tenebroso que a noite de lua nova no mais escuro dos becos... o dito túnel de que todos falam "há sempre uma luz no fundo do túnel"... bla, bla, bla... mas ele não deixa de ser escuro e assustador... querer ar para se respirar e o que se sente é apenas aflição e o batimento do coração que parece mais assustado que nós, que se pudesse já se teria colocado a milhas à muito tempo... mas não, está-nos preso ao peito e bate arduamente na nossa passagem por esse sítio esquesito e desprovido de cor... Esses são muitos dos nossos dias, dúvidas existenciais!!!
Agora olhando o que o mundo tem para nos dar, porque nos queixamos tanto? É tudo tão grandioso e tão lindo! E sim, a fase da lua nova é como o próprio nome diz, uma fase, e os becos... bem, esses só existem porque são as miragens que a maioria das vezes fazemos questão de criar ilusoriamente frente a uma situação da qual não sabemos como sair. Todos os becos têm saida, mesmo! Já me o provaram, a partir do momento que as soluções nos são dadas e as quais temos que agarrar!!
Agarrem a vida com unhas e dentes e quando acharem que estão num beco, durmam sobre o assunto, há sempre como resolver as coisas a bem, sempre a bem.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Vigésima Primeira Linha

Cores
Penso no amarelo quando estou feliz, alegre e completamente desfeita em sorrisos. Olho o sol e vejo como bonito pode ser o nosso dia e quão intensa pode ser a luz que nos ilumina!
Penso no branco quando busco paz interior e quando me sinto completamente conectada com os anjos e com o mundo, sinto-me em plena harmonia comigo mesma, é fantástico!
Penso no verde em busca da esperança que tantas vezes parece dissipar-se, em busca da cor intensa que preenche o meu mundo de origem, o verde da relva, da paisagem, o verde que envolve o mundo natural que tão intensamente vive no meu sangue!
Penso no azul! Que intenso que o azul é nos nossos dias, o ceu que nos cobre tão carinhosamente! O mar azulão, reflexo do céu na terra engana-nos bruscamente a vista mas tão intensamente refresca o coração!
Penso no laranja quando a energia que me cobre é maior que eu, apetecendo-me abraçar o mundo numa única inspiração!
Penso no vermelho, cor do amor e da paixão. Despisto-a dos meus dias mas na verdade é ela que enche todos os vazios do meu corpo, e as veias de vida e sentimento!
Penso no lilás quando me conecto com o Universo e espirtualmente falo com o Amor Universal, iluminando cada gesto de sabedoria e cada pensamento intelectual.
Conecto todas as cores numa só e sinto-me completa e cheia de vida! Que melhor sensação poderemos querer que não sentirmo-nos vivos e amplamente sentidos!
São muitas as outras cores que nos sustentam como seres, possuem a mesma importância e provocam em nós outro tipo de reflexos que sinuosamente penetram ao pormenor o nosso dia a dia. Todas valem a pena, todas tem capacidades únicas de nos embelezar e preencher.
Pintemos cada dia nosso, cada palavra dita, cada pensamento surgido e sintamos a cor que o nosso coração nos permitir sentir.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Vigésima Linha
a expressão
Como é giro podermos nos expressar quando queremos! Hoje a chover fiz questão de me por a pular e a cantar "I´m singing in the rain" no separador (prai com 7m de largura) na avenida da boavista, afinal de contas estava mesmo chover e eu super embriagada de uma exposição que fui ver durante a tarde! Foi muito engraçado mesmo! A minha amiga ri-se constantemente à minha custa sempre que vamos a algum lado, é sempre galhofa, faço sempre questão de me expressar! Depois surgem as minhas gargalhadas sonoras e contagiantes que muitos conhecem que põe todos aqueles que passam por nós com aquele olhar curioso a perguntar o que se passa, porque te ris assim e simplesmente, porque ris, ou ainda aqueles que mostram um desdem ou desinteresse total pela felicidade momentanea e abundante dos outros. Não me incomoda simplesmente, sou genuína no que faço e sobetudo no que sinto. Sei qual o meu caminho e a minha vontade! Todos precisamos de nos expressar, de mostrarmos porfundamente o que sentimos e como o sentimos! Respeito sempre o espaço dos outros e afinal de contas também me controlo, mas é tão bom estar feliz, embriagada de alegria e poder distribui-la assim aos outros, sem nada em troca, contagiando apenas!
Vale sempre a pena cultivar sentimentos bons porque surgirão sempre a dobrar e a dobrar e a dobrar, é só permitir :)
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